Talvez você não os conheça por esse nome, mas certamente já ouviu falar ou tem algum deles, pois esse é o nome técnico dos problemas de visão muito comuns. São eles: miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
De acordo com o IAPB (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira), erros refrativos não corrigidos configuram uma das principais causas de baixa visão em todo o mundo. Junto com a catarata, os erros refracionais são responsáveis por quase três quartos (74,8%) de todos os casos de deficiência visual. Segundo a estatística mundial de prevalência de miopia e astigmatismo, até 30% das pessoas com menos de 40 anos necessitam ou necessitarão usar óculos, o que inclui parte dos casos de hipermetropia. As projeções encontradas no Atlas do IAPB é que, até o próximo ano, 34% da população mundial seja afetada pela miopia e, até 2050, quase 50%.
Esses problemas são chamados de erros, porque em olhos normais (emétropes), a luz penetra até chegar à retina, onde se forma a imagem que será transmitida até o cérebro. Cada tipo de erro de refração representa uma dificuldade.
Miopia: causada pelo formato muito longo (alongado) do globo ocular ou pela curvatura acentuada da córnea, ou ambos, o que faz com que os raios de luz focalizem antes da retina. Sendo assim, as imagens distantes ficam borradas e os objetos de perto são vistos com maior nitidez. Na maioria dos casos o grau de miopia aumenta durante o período de crescimento e um dos principais fatores que influencia o aparecimento da miopia é a hereditariedade.
Hipermetropia: neste caso, os raios luminosos focalizam após a retina, devido ao tamanho menor do globo ocular em relação ao considerado normal ou porque a córnea é muito plana ou por ambos. Pessoas com esse problema apresentam dificuldade de enxergar objetos de perto.
Astigmatismo: ocorre em função de irregularidade na curvatura da córnea ou do cristalino ou de ambos. Essa imperfeição na estrutura faz com que o paciente enxergue em planos diferentes e deixa a visão distorcida.
O astigmatismo pode ser divido em dois tipos:
astigmatismo corneano: é o tipo mais comum de astigmatismo, em que a córnea apresenta um formato irregular.
Astigmatismo cristaliniano: o cristalino apresenta um formato irregular.
Presbiopia: popularmente conhecida como “vista cansada”, ocorre em função da diminuição da capacidade de acomodação do cristalino em focar em objetos que estão perto. É frequente após os 40 anos.
O principal sintoma dos erros de refração é a visão embaçada, porém é possível que uma pessoa acometida por algum desses erros também apresente:
Algumas pessoas podem não apresentar sintomas aparentes e, por isso consultas periódicas com o oftalmologista são fundamentais para identificar o problema e indicar o tratamento.
A escolha do tratamento para corrigir os erros de refração deve ser feita considerando a avaliação especializada do médico oftalmologista e o conforto e bem-estar do paciente.
Podem ser opções de tratamento:
– Lentes corretivas: óculos ou lentes de contato – cujo grau, tanto no caso dos óculos como das lentes de contato, deverá ser prescrito pelo médico oftalmologista;.
As lentes de óculos se tornaram mais leves e a evolução da técnica e da tecnologia utilizadas em sua fabricação permitiram que a correção seja feita de forma mais precisa e específica para cada paciente, a partir de um exame médico minucioso. A mesma evolução ocorreu com as lentes de contato, que podem ser uma opção para pacientes que não desejam usar óculos nem possam realizar cirurgia refrativa.
– Cirurgia refrativa: as cirurgias refrativas são uma opção de tratamento e devem ser avaliadas com critérios e individualmente pelo oftalmologista.
Os erros de refração devem ser diagnosticados e tratados por médico oftalmologista, a fim de garantir boa qualidade visual para o paciente.
Consulte um oftalmologista regularmente
Bibliografia:
– CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia